Tuesday, August 30, 2011

Panda italiano: é igual ao Uno, mas muito melhor...





Ok. o Novo Panda da Fiat, principal carro compacto da marca italiana na Europa, é fortemente inspirado no design do nosso Uno. Motivo de orgulho para nós, brasileiros, já que nosso design foi fonte de uma quase cópia pelos europeus.... pois bem, passado o ufanismo, veja o texto abaixo, da revista Auto Esporte: O Panda tem várias opções de motor, incluindo tecnologias sofisticadas como turbo ou sistema stop-and-go ( o motor desliga no trânsito), ou ainda as várias opções de combustível, como gas, gasolina e diesel, isso sem falar nos motores de até 2 cilindros, ultra-econômicos na cidade, para perceber que na Europa é tudo mais avançado que nós, pobres latrino-americanos, que temos que nos contentar com o bom e velho Uno 1.0 ou 1.4, que sequer tem 16v, muito menos turbo.... Claro, nem falo no ABS e Air Bag de série, que os chineses têm e nosso Uno só como opcional... ou ainda no interior, cujo painel, parecido, é bem mais recheado e melhor acabado que o nosso... Não vi ainda o preço do Panda europeu, mas ainda lhe resta dúvida que por tudo isso os italianos vão pagar pelo menos uns 20% mais barato que o nosso Uno?
Pois é, essa crise na Europa nos enche de orgulho....

Saturday, August 27, 2011

208: a Peugeot volta forte para o Brasil?





Esta é a projeção do futuro europeu e também brasileiro, Peugeot 208.
Substituir um ícone é sempre difícil, imagine se esse ícone for um 206, carro que marca a ferro e fogo a história da Peugeot no mundo. Quando foi lnçado, inaugurou o estilo felino que tanto marcou época, até para os concorrentes. Seu sucessor foi o 207, maior e mais agressivo, mas igualmente na mesma linha "felina". Também sucesso na Europa, sendo um dos mais vendidos por lá. Mas agora, e algumas declaraçõees já apontavam nessa direçãp. não dá mais para ficar na mesma identidade felina, já que o que era ousado ficou comum. O 208 vai ser menos felino e mais forte, com linhas retas ao invés das curvas e nuances do 206/207. Bonito a seu modo, diferente e mesmo assim, reconhecível como um Peugeot.
E no Brasil? Por aqui, passado o sucesso inicial do 206, que causou furor e igualmente tornou-se referência, a Peugeot "perdeu a mão". Seu sucesso foi o 207, que é um belo carro, mas sem o apelo do 206. Pior, a concorrência mais forte veio, portanto não é só de design que a Peugeot deveria se fiar por aqui. Por isso, o fator preço acabou matando o 207, que remodelado timidamente, mudou só frente e painel, passou a custar bem mais caro que o 206, espantando cliente e fazendo as vendas da marca despencar. Aliás, ela foi ultrapassada até mesmo pela irmã Citroen, que tem carros bem mais caros. O 208 será feito aqui, um produto novo, e , caso a Peugeot não erre no preço como fez com o 207, poderá voltar a ser uma marca forte no mercado nacional, oportunidade que escapou com o 207.

Monday, August 22, 2011

Volta às origens






Nem é preciso falar alemão para saber que Volkswagen significa "carro do povo". Pois bem, faz tempo que a marca germânica estava mais interessada em carros mais caros, com maiores margens de lucro, do que em carros de baixo preço. Basta ver os lançamentos recentes da marca e sua tentativa, algo desesperada às vezes, de se firmar como marca de alto preço, algo semelhante às suas conterrâneas ilustres, como BMW, Mercedes, ou mesmo sua divisão luxuosa, Audi. Touareg, Jetta, Passat e o finado e desastrado Phanton, um VW a preço de série 7 da BMW, eram as apostas da marca no mercado europeu. Seu carro chefe na Europa continuava sendo o Golf, que, para acompanhar a concorrência, leia-se Opel Astra, era cada dia mais sofisticado... e caro. Mesmo o Polo europeu é um carro de alto preço.
Nada como uma crise para a volta às origens: eis o UP!, assim mesmo, com !, o mais recente e barato VW. Produzido no leste europeu, cujos trabalhadores ganham bem menos que os sortudos alemães, ele tenta recolocar a VW em seu devido lugar: marca de baixo preço, o que não significa baixa qualidade. O carrinho tem espaço, alto nível de personalização e interior descolado, meio Apple, destacando-se o painel em linha reta, meio anos 70. Na Europa, seu objetivo é defender a VW num mercado hoje dominado pelos franceses , com os peugeot 1007 e Renault Twingo, e com as recentes incursões de coreanos como Kia Picanto e claro, sempre eles, os chineses. No Brasil, o UP, muito provavelmente com este nome mesmo, será o carro de entrada da marca, abaixo do Gol, para enfrentar os mesmos chineses e o futuro Fiat fabricado em Pernambuco.A VW volta às origens mas precisa, pelo menos aqui no Brasil, voltar a fazer o básico: carros mais baratos. Gol 4 portas 1.0 peladíssimo custando 28 mil reais num mercado no qual há chineses com air bag e abs com esse preço não dá... mostra disso é o post anterior a esse, que mostra que em mercados mais competitivos, como SP, a VW já está perdendo terrano faz tempo. Pode ser que o Up! reverta esse processo. Até lá, dá-lhe chineses....

Wednesday, August 03, 2011

São Paulo é outro mercado

Efeito concorrência é isso aí: na cidade com a maior oferta de marcas, o ranking de posições tem alterações intensas. Sai a líder Fiat , entra a GM. E a vice líder VW, despenca 6% em mercado ( o que dá uma marca inteira como a Honda, em vendas). E por que ? Porque na cidade de SP não basta apenas ter produto, tem que ter produto competitivo. Como os carros da VW são simplesmente mais caros que os outros, perdem forte. Por outro lado, marcas pequenas no Brasil, porque não tem representações de vendas em todos os pontos do país,na cidade de
SP, pelo simples fato de existirem, mostram que são competitivas: é o caso da JAC, que está colada na Toyota e à frente de marcas fortes, como a Mitsubishi. Se São Paulo for o termômetro do que pode vir a acontecer no Brasil em alguns anos, eu não seria dono de uma revenda VW, mas iria abrir uma revenda JAC.

Vendas São Paulo (cidade)
(Julho/2011)
Pos. Marca Vendas Part.%
1º GM 6.197 19,7%
2º Fiat 4.880 15,5%
3º Volkswagen 4.515 14,4%
4º Ford 2.730 8,7%
5º Hyundai 1.947 6,2%
6º Renault 1.905 6,1%
7º Honda 1.447 4,6%
8º Citroën 1.097 3,5%
9º Peugeot 967 3,1%
10º Nissan 899 2,9%
11º Kia 889 2,8%
12º Toyota 652 2,1%
13º JAC 589 1,9%
14º Mitsubishi 559 1,8%
15º BMW 333 1,1%
16º Mercedes-Benz 330 1,1%
17º Chery 257 0,8%
18º Hafei 190 0,6%
19º Iveco 178 0,6%
20º Land Rover 150 0,5%
Fonte: Renavan
Vendas Brasil
(Julho/2011)
Pos. Marca Vendas Part.%
1º Fiat 67.375 23,4
2º Volkswagen 58.847 20,43
3º GM 51.607 17,92
4º Ford 26.270 9,12
5º Renault 16.238 5,64
6º Hyundai 9.256 3,21
7º Peugeot 7.366 2,56
8º Toyota 7.215 2,51
9º Citroën 7.025 2,44
10º Honda 6.728 2,34
11º Kia 6.447 2,24
12º Nissan 4.825 1,68
13º Mitsubishi 4.236 1,47
14º Jac 2.703 0,94
15º Chery 2.430 0,84
Fonte: Renavan

Wednesday, July 06, 2011

Depois da China, a Índia.




Eis uma foto que merece atenção: para quem gosta de carro, o estilo deste aí é inconfundível. Sim, trata-se do Nano, da indiana Tata, o mais barato do mundo. Até aí, nada de mais. Mas veja a foto: conseguiu visualizar na frente dele um emblema da Audi? E na traseira dele, paralelo a ele, a traseira de uma Parati brasileira? Pois bem, a foto do Nano foi feita no México. O carro está em testes em nosso vizinho e você sabe que tudo que pode ser vendido, ou produzido, no México, pode vir para cá com imposto zero. A Tata enfrentou alguns problemas do Nano, incluindo incêncios, que abalaram sua popularidade na Índia, já recuperada. O outro mercado natural seria América Latina. Podemos esperar uns dois ou no máximo três anos para ver o Tata Nano dando as caras por aqui. Se você acha que chinês é barato, na Índia o Nano custa 4.500 reais, menos que uma moto. A versão mais cara, com airb bag e abs, chega aos 10 mil. Poderemos ver Nano por aqui em torno de 15 mil reais, completo. Até os chineses ficarão de olhos abertos...

Monday, July 04, 2011

Coreano de Piracicaba




Ele ainda nem nome tem, poderá ser i15 ou outra coisa, mas com certeza, será o maior tiro de canhão do mercado automobilístico brasileiro desde o lançamento do Fiat Palio, há 15 anos. Eis uma projeção do futuro compacto da Hyundai.

E por que não tão importante assim? Porque a marca coreana é conhecida por sua qualidade: ela fez em 20 anos o que os japoneses levaram 30 ( dizem que os chineses podem encurtar esse tempo ainda mais...), de uma marca de baixo custo para uma marca de baixo custo com alta qualidade. Os coreanos eram motivos de piada quando chegaram, há 15 anos, como importados. Lembra do Hyundai Elantra, ou do Kia Cerato? Mias pareciam "carros da Barbie", feios, frágeis e de acabamento bizarro. ( qualquer semelhança com os chineses de hoje não será coincidência). Pois bem, alguém aí dá risada destes mesmos modelos hoje em dia ?

Esse compacto foi feito à imagem e semelhança do Gol: mesmo porte, mesmo preço de mercado, mas com diferenciais de design e qualidade coreanos. A última vez que um carro foi criado à semelhança de outro foi o Palio e isso alterou a ordem das montadoras no Brasil. Com a chegada, ano que vem, do futuro coreano "made in Piracicaba", não tenho dúvidas de que muita coisa vai mudar, talvez a ordem das montadoras. Com a palavra, a Hyundai.

Saturday, June 25, 2011

LADA na versão capitalista : bem melhor, camarada.






Lembra da LADA ? Pois é, pouca gente lembra. Ela foi a primeira empresa a vender carros no Brasil quando veio a abertura comercial, ainda no governo Collor. Os carros eram trazidos por um empresário do Panamá que foi trazê-los da longinqua Rússia, ainda em processo de desintegração da então URSS. Sim, os carros eram legítimos representantes do modelo de vida soviético...
Apesar de um certo sucesso inicial, logo o consumidor brasileiro percebeu que eles eram ainda piores que os fabricados aqui e, com exceção do jipinho Niva, os produtos foram logo se transformando em "micos": feios, obsoletos, desconfortáveis.
Nada como um golpe de capitalismo.... a Lada ainda existe e hoje, sob domínio da Renault, voltou a fabricar carros, mas agora com uma diferença: são compatíveis com o que se chama de carro em outras partes do mundo. Esse aí em cima é o sedan Granta, na verdade, uma versão russa do clio sedan. Pode até não ter um design arrebatador, mas convenhamos, é anos luz à frente do seu antigo "kamerad" da era soviética.
Os comunistas chineses foram mais espertos: mantiveram o sistema comunista, mas mudaram seus carros... podem ser copiados dos ocidentais, pirateados na verdade, mas pelo menos não são exemplos de caixas de sapato com rodas. Nessa Lada granta renascido, até Marx iria querer dar uma volta.