Monday, October 27, 2008

GPix




este é o GPix, ou pode chamar de nova fanília Corsa,o ensaio.
Que a GM tem uma nova família de carros pronta para estrear, não é novidade. Ela mesma anunciou o projeto Viva. No Salão de SP, que começa este mês, a empresa vai mostrar o protótipo aí em cima: um jipinho bem moderno, de estilo agressivo e com a grade frontal que é a nova marca visual da marca. (aliás, GPix é de "Global Pixel, ou imagem global).

O que a GM não fala abertamente é que derivados deste carro irão substituir a família Corsa atual. Ainda em 2009 chega o primeiro, um hatch compacto, logo seguido de um sedan. Em 2010, uma picape e talvez uma futura Meriva, ou um futuro "EcoSport", como é o caso deste jipinho das fotos. Porém, é bem provável que o atual Corsa, pelo menos na versão hatch, fique ainda um tempo em linha, como opção mais barata.

A GM brasileira precisava mesmo se renovar, pois sua linha mais parecia um museu, de tanto carro velho. Como a matriz americana e suas filiais européias andam muito mal das pernas, vender carro no Brasil, na China e na Rússia passou a ser estratégia de sobrevivência. O futuro "novo corsa", ou talvez tenho o nome do projeto, Viva, vai atacar no fundamental segmento dos compactos, onde o atual Corsa não aguenta mais o tranco de concorrentes mais modernos. Enquanto isso, o Celta vai bem, obrigado. Sua linha de montagem opera no limite da capacidade e mesmo que as vendas do Novo Ka sejam boas, o Celta não perdeu um só cliente. O curioso disso tudo é que o Celta é ainda mais ultrapassado que o Corsa, mas sai o Corsa e fica o Celta. O segmento dos compactos vai passar por profunda renovação nos próximos dois anos: novos Fiesta, Palio e Corsa chegam para brigar com os atuais Gol, 207 e Sandero. Resta saber a questão sempre fundamental: e o preço ? Em épocas de crise, mais fundamental que design ou bons motores, é essa a receita de sucesso de um carro.

Wednesday, October 22, 2008

Mercado vazio




a indústria nacional tem enormes falhas no mercado. Ela aposta forte em setores com vendas menores, mas ignora outros. No Brasil, temos um monte de sedans médios, na faixa de 65 mil reais: Vectra, Civic, Corolla, Pallas, Megane... agora me diga: quantas pessoas vc conhece que tem 65 mil reais para gastar num carro? Agora quantos carros de entrada, baratos, temos no mercado ? 5: palio fire e uno, gol velho, ka e celta. Na visão da indústria, temos mais mercado para carro de 65 mil reais do que para de 25 mil....

claro: quanto mais caro, mais lucro, mas na minha humilde opinião, é simplesmente burrice deixar quase abandonado um mercado de preço baixo, com produtos velhos, fora o Ka, e investir tanta grana em carros de preço alto que no fim são apenas uma fatia mínima das vendas.

No Brasil, não temos micro-carros, obrigatórios no mercado europeu. Ka europeu, Fiat 500, Peugeot 1007, Citroen C2 e tantos outros são carros compactos, ainda menores que os nossos, mas bonitos, modernos e confortáveis. Será que não teriam mercado no Brasil, principalmente em cidades grandes e médias ? Claro que sim.

Mas na minha opinião, o mercado mais esquecido daqui é o de jipes: a Europa tem mais opções de jipes do que o Brasil, o que é um óbvio contra-senso. Um país com poucas estradas de verdade e muitos caminhos cheios de buracos, jipinhos compactos e baratos fariam a festa e seriam a salvação de muita gente que, sem opção, opta ou por usados de versões mais caras, ou usa o velho fusca mesmo.
A Susuki tem no Jimny, um jipinho compacto de motor 1.3 e tração 4X4, uma ótima opção e que fez relativo sucesso quando era importado. Pois bem, ele voltará, importado, de novo, até o final do ano, complementando a volta da marca Susuki. Bem que ele podia ser fabricado aqui. E bem que outras marcas podiam apostar nos jipinhos compactos. Pessoalmente, eu teria um desses para algumas aventuras off-road de verdade. Acho que não seria o único...

Friday, October 17, 2008

Na dúvida...



falem o que quiser, mas não dá para não admirar ou pelo menos respeitar a Fiat no Brasil...
Depois do novo gol ser um tiro de canhão no palio, ela, em menos de uma semana (claro que já tinha previsto há meses em seu plano de custos...) lançou direção hidráulica de série no palio, pelo menos na versão elx e incluindo a 1.0, sem aumento de preço.
Agora que veio o Voyage, atacando forte num segmento que a VW sequer tinha modelos, o de sedans compactos, ela de novo deu o troco: direção hidráulica de série no Siena, e desta vez foi mais além, incluindo a versão de entrada básica Fire. Preço? Foi mantido igual e aliás, por coincidência impressionante, igual mesmo ao do recém lançado Voyage: 31 mil reais.
O que o Voyage tem de série ? Sequer o porta mapas nas portas, quem me dera uma direção hidráulica...
Agora que conta: tudo bem que o Voyage é mais moderno e é novidade em relação ao Siena, um carro bonito, mas já cansado na versão Fire e meio estranho na versão elx, mas mesmo assim: pelo mesmo preço, um com direção, ou sem nada, me diz, e aí ?
Pois é: na pior das hipóteses, a Fiat faz o consumidor titubear na hora da compra: um Voyage pelado mas novidade ou um Siena com direção hidráulica de série, ambos pelo mesmo preço?
Eu ficaria na dúvida...

Wednesday, October 01, 2008

Reinventando o automóvel: Volt




e para continuar com o tema "reinvenção" por parte da GM, esse é o Volt ( veja como ele ostenta a marca Chevrolet, sendo que, criação da GM, poderia usar qualquer outra marca do grupo; mais um sinal de que a GM aposta forte na marca da gravatinha), mais ousado carro da marca hoje: adivinhe porque ele tem esse nome ?.... claro, é o primeiro carro totalmente elétrico da GM, carregado na tomada, literalmente, por 8 horas, permite uma autonomia de 180 km, mais do que suficiente para a maioria dos deslocamentos cotidianos. Ainda há outras especulações se ele também teria um motor à gasolina ( portanto um híbrido), mas a versão até agora mostrada é apenas elétrica.
Será que um desses vêm para o Brasil ? Disse o presidente da GM nacional Jaime Ardilla que quando os preços baixarem, ele pode vir sim. É esperar para ver.

Cruze: a resposta à crise.



Eis o carro mundial da GM, o Cruze, mostrado no Salão de Paris, sob a marca Chevrolet.
Como sabemos, a GM está passando por uma crise intensa (interessante, crise e Cruze são palavras parecidas....) e está tentando se reinventar. O Cruze apesar do estilo americano, é um carro com porte de sedan japonês, mas com padrão de motorização europeu... um carro mundial pra valer. Seu porta malas é curto, ao estilo Civic, e suas motorizações são compactas, 1.6 e 1.8, com amplas possibilidades de motores flex, híbridos e elétricos. Sua marca estilística é bem americana, resgatando a marca Chevrolet, que hoje, dentro do amplo guarda-chuva de marcas da GM é a que mais cresce e se fortalece, inclusive fora dos EUA.
O Cruze, e isso foi confirmado por um executivo da GM européia, virá para o Brasil. Pelo porte mais compacto, não deverá "matar" o Vectra, mas será um candidato forte a incomodar os japoneses Corolla e Civic, pois tem tecnologia embarcada de alto nível, coisa que o jurássico Vectra oferece pouco. Um mata o outro ? Na estratégia da GM, o que importa é vender carros, não apenas um carro só, ou seja, vale tudo, incluindo oferecer vários modelos dentro de um mesmo segmento e mesma faixa de preço. Basta ver que Prisma, Corsa Sedan e Classic disputam o mesmo mercado, com faixas de preços levemente diferentes. O Cruze deverá ser o primeiro lançamento de uma leva de 20 modelos novos que a GM vai trazer para o Brasil, entre importados e nacionais, o que inclui o projeto Viva, com toda uma nova família de carros, e o recente Captiva.
A GM vai se reinventar mesmo: não à toa sua nova propaganda institucional fala isso mesmo: " nós reinventamos caminhos". Principalmente os dela própria como companhia.