Uma nova equação - Um Classic menos conservador

Eis as fotos do "novo" Classic: nada de novo na novidade. Apenas o que já sabíamos. O carro terá a mesma frente e traseira do sedan Sail chinês, que por lá atende a outro mercado, mais sofisticado e que passou por um upgrade, ficando com o tamanho do nosso Corsa sedan. O Sail da China tinha câmbio automático, ar digital e air bag, coisas que, claro, não terá no Brasil ( a não ser o air bag, pela lei, a partir de 2014). Aqui, o Classic fica como está no mercado : um carro barato, simples, o mais barato sedan nacional, de visual simpático e uma enorme fonte de lucros para a GM, já que a mecânica do carro é compartilhada com Celta, Prisma e Agile, e o projeto já vai pra mais de 15 anos. Como ele tem no projeto original alemão dos anos 90 a possibilidade de ter air bag, coisa que um Mille não pode ter, tenha certeza de que essa remodelação do Classic vai lhe dar vida longa no mercado brasileiro, ultrapassando a lei do air bag em 2014 e sabe-se lá até quando será vendido. Não me surpreenderia se fosse em breve o carro nacional mais barato,isso quando o Mille se for e o Celta for, se é que vai, ser substituído pelo mais moderno Spark. ( projeto Ônix). Nesse caso, na faixa do preço do Classic, só ficaria o Ka. Vale a pena comprar um Classic ? Se voce tem pouco dinheiro no bolso, vale sim. Seu design ainda é razoável, e com esse face-lift, ficou um pouco mais agressivo de frente. Internamente não é desonesto, embora tudo cheire a simplicidade típica dos populares. E é o 4 portas e sedan mais barato do mercado, sem falar no motor 1.0 de 78 cv, mais do que suficiente para o porte do carro. Básico, você leva um por 27 mil reais e com ar e direção, pouco coisa menos que 32 mil. Não é feio como um Logan ou um Mille, é mais macio de dirigir que um Palio fire, é mais espaçoso que um Ka e dentro de "casa" mais bem acabado que um Celta. Enfim, honesto ele é. E agora, levemente menos conservador. Em breve, veremos milhares deles na rua. A GM agradece.

Uma nova equação - um Logan menos feio

Sem novidades na novidade : o Logan ganha as mesmas alterações, pequenas, da versão europeia. Com um certo ar de sofisticação, graças a barra cromada na frente e o perfil mais afilado, levemente mais agressivo, a frente do Logan ganha retoques, enquanto na traseira um arremate arredondado nas bordas da tampa traseira corta um pouco suas linhas quadradas, lembrando aliás a tampa traseira do Classic, antigo Corsa sedan, que podemos dizer é seu principal concorrente na tarefa de ser o mais barato sedan do Brasil.
No interior, a mesma simplicidade, condizente com a proposta do carro.
Devo ser o único, mas gosto do Logan. Pena que ele não cumpriu o que prometeu: ser barato. Ele é, há versões 1.0 que custam 27 mil reais, mas ainda é caro se levarmos em conta que o Classic parte de 25 mil. E há versões simples do Siena que começam nos 26 mil reais. Verdade seja dita: não há hoje no Brasil carro que ofereça mais espaço por menos preço que o Logan. Por 27 mil reais você leva um carro do porte do Corolla pra casa, coisa que o acanhado Classic não consegue ser, nem o Siena, com seu amplo portamalas, mas pequeno espaço interno, também não consegue. Faltou carisma ao Logan. Quem sabe nesta leve remodelação ele ganha alguns pontos a mais no seu design quadradão. Se a Renault quer fazer dele seu best seller, como ele ainda é na Europa, terá que manter o preço baixo e dar algum destaque nos equipamentos, quem sabe algo como direção hidráulica de série. Na disputa entre os sedans baratos, temos Classic e Siena ,apertados mas com design correto, mesmo ultrapassados, mas simpáticos e um Logan racional, bem maior e espaçoso mas de design insosso: o brasileiro bateu o martelo: prefere o bonito ao racional. Cabe a Renault alterar a equação e fazer o Logan vender mais.

Quase lá - NOVO UNO - parte 3

Pois bem, pelo jeito, estamos quase lá ou lá mesmo... essas são fotos do painel do NOVO UNO (agradeço ao Peoh pela dica) em carro já na cegonha, provavelmente sendo levado a concessionárias para o lançamento.
O que se ve é um painel muito simples, bem mais simples que o de painel do Agile por exemplo, e ainda mais simples que o de um Palio fire. Veja como não há sequer uma cobertura adequada na tomada de 12v no painel....ou ainda não há muitas portinhas de plástica nos porta trecos. O painel é em peça única, lembra a estrutura do Celta, embora seja bem desenhado, com alguns elementos interessantes como o deseno circular do velocímetro.
Estou curioso para saber o posicionamente dele no mercado: com preço acima do Mille, que ficará em linha até 2014 quando as leis de segurança "matam" o carro, o NOVO UNO vai interagir forte com o Palio, talvez matando a versão Fire, justamente a mais vendida com 60% do volume e até mesmo respingando no modelo elx, já que ele terá também uma versão 1.4 mais equipada. Podemos portanto ver na linha Fiat um forte recuo em vendas do Palio, muito provavelmente perdendo a posição que ocupa hoje na lista dos 10 mais, enquanto Mille permanece com suas vendas e o NOVO UNO vai cavando seu espaço aos poucos.

E para terminar: a Peugeot anunciou que vai investir 1,4 bilhões de reais no Brasil. Entre as novidades, a ampliação da fábrica no RJ em mais de 50% e a produção de um futuro novo modelo, básico, para entrar no mercado de Ka, Celta, Gol e justamente NOVO UNO. Pelo jeito, daqui uns 3 anos, vamos ter boas opções no mercado básico. A esperar.

Quase lá... NOVO UNO - parte 2

agora vazou na net estas fotos de um suposto catálogo do NOVO UNO mostrando as versões, inicialmente serão 4, e as fotos do painel. Destaca-se o novo nome dos modelos de entrada, Vivace, assim como a versão Way, com apelo off-road. Lê-se também que em breve o NOVO UNO terá versão 3 portas.
Já falando do painel, as fotos mostram um desenho interessante, inovador, com elementos digitais e analógicos. Pelo jeito, o Uno virá com mais força do que apenas um novo modelo de entrada, o que pdoe significar uma possível canibalização com o Palio atual. Estamos por pouco agora... provavelmente, as próximas fotos do blog sobre o mesmo assunto já serão oficiais....

Quase lá.... : Novo UNO

Estamos quase lá... daqui a alguns meses, abril ou maio, a Fiat lança sua grande aposta deste ano e inicia uma série intensa de renovação de sua linha de compactos, o que levará dois anos, até 2011 quando chega o novo Palio e toda sua família. Mas por ora, o primeiro a chegar será o NOVO UNO.
Pelas fotos percebe-se que será um típico Fiat : pequeno por fora, grande por dentro, meio quadradinho, com laternar verticais ( as horizontais iguais aos do novo Palio são apenas disfarce). Pode-se perceber grandes caixas de roda, o que virou moda em quase todos os compactos nacionais. A grade da frente, outra marca dos italianos, terá a companhia de três pequenos quadradinhos de entrada de ar, à la 206, com faróis que lembram muito os do primeiro Clio.Veja abaixo algumas projeções.
Verdade é que a Fiat estava mesmo precisando de novos produtos no segmento mais importante do mercado nacional e curiosamente o mais importante para ela: os compactos.
O Palio é um bom carro, mas seu projeto é o mesmo de 1995. É verdade que a Fiat sempre remodelou seu carro, nem sempre com felicidade como no caso da atual versão, mas não dá pra esconder o peso da idade do Palio quando se compara com a legião de novos compactos surgidos depois: Fox, Sandero e Agile, para falar dos "altinhos", Fiesta, Corsa, 206/207, e principalmente novo Gol, para ficar nos compactos "normais". O Punto, único compacto realmente moderno da Fiat, opera em outro segmento de preço. Portanto, o Palio ficou pra trás muito rápido. E o Mille então, dispensa maiores comentários...
Agora com o NOVo UNO, a Fiat inicia sua renovação, meio atrasada em minha opinião. Ele chega com preços acima do Mille, que continua até morre em 2014, enterrado pelas normas de segurança obrigatórias até lá. Provavelmente, o Novo Uno matará o Palio Fire enquanto que o Palio Novo fica algum tempo ainda, até ano que vem dar sua despedida por um modelo novo, embora muito provavelmente mantendo o mesmo nome, já consagrado.
É bom a Fiat lançar produtos novos: ela sempre foi agressiva em preços. Vamos ver o Novo Uno em breve nas ruas e não tem jeito, vamos ver MUITOS... resta saber por quanto tempo, pois o modelo atual vai completar em breve 25 anos de mercado. Será que esse modelo novo dura tudo isso?

Reinventando a picape aberta

Além da jabuticada e do penta campeonato de futebol, o segmento das picapes abertas derivadas de compactos é único do Brasil. Foi invenção da Fiat, que teve a ideia de cortar um 147 nos anos 70 para concorrer vejam só, com a Kombi... depois veio a Saveiro e o resto todo mundo sabe: picapes no Brasil são duas coisas, carros de trabalho e carros esportivos, com um toque de off-road. A fórmula está inclusive sendo exportada: na América Latina há exportações de picapes nacionais. Nos EUA, o mercado é outro, grandes picapes com o mesmo tempero, misto de trabalho, passeio e esporte, dominam por lá, enquanto que na Europa, picape quase não existe, só furgão.

É um mercado importante: picapinhas vendem muito e dão força a empresa. A Fiat mantém-se na liderança em parte devido a força da Strada em seu segmento. Também pudera, há literalmente, dezenas de versões desse modelo, tornando-o quase uma submarca própria dentro da Fiat, independente até mesmo da família Palio. E é da Fiat a inovação da cabine estendida, copiada anos depois pela atual Saveiro. Agora, mais uma vez a Fiat ousa e lança uma picape compacta de cabine dupla.
Há concorrentes de peso, todos aliando a proposta tríplice, trabalho-passeio-esporte. Para isso precisa ter espaço na caçamba, espaço na cabine, motor mais esperto e algum adereço. Como se vê, itens nem sempre compatíveis. Como ter um carro com espaço na caçamba para trabalho e ao mesmo tempo ser esportivo? Motor forte para o esportivo mas econômico para uma empresa? Adereços de off-road mas preço competitivo? A Fiat resolveu tudo isso criando as dezenas de versões da Strada. Já a VW foi menos ousada e tem na Saveiro apenas um duplo, cabine simples, cabine estendida. E se quiser, versões mais caras, cheias de enfeites.
A GM tem na Montana um dos designs mais felizes dos últimos anos. Quase todo mundo acha a picapinha derivada do Corsa bonita. Ela está para mudar, deixando livre o espaço para uma picape derivada do Agile. Deve ser tarefa difícil substituir um carro tão belo. Até mesmo as versões mais simplórias, feitas só para firmas, tem algum apelo estético.
A Ford tem na Courier apenas um carro de trabalho. É aliás uma contradição, pois é justamente a Ford que manda no mercado de picapes grandes americano. Tá bem, são carros bem diferentes, mas é estranho que por aqui ela não tenha sequer uma participação efetiva. E carro para derivar ela tem, tanto o Fiesta quando o Ka. Uma marca que consegue a proeza de NÃO vender o Focus, consegue outras proezas também...
Agora chegou a vez dos franceses: esta é a Hoggar, a picape do 207. Li num blog que ela já chega feia. Verdade é que achei-a comprida demais, vocacionada demais a carga e menos esportiva do que deveria ser. (ou alguém aí acha que alguém vai comprar uma picape 207 para jogar sacos de milhos lá atrás?) Mesmo assim, não a considero feia. A frente do 207 é feliz, a lateral é inspirada ( e copiada da Montana, não tem jeito...) e a traseira, que sempre fica meio a mesma coisa em todas as picapes, tem personalidade, com amplas lanternas laterais ( que vão fazer fortuna nos funileiros...). É esperar para ver preços, mas a Peugeot tem um produto que vai fazer estrago na concorrência e que aliás, completa em definitivo a família 207, de compacto básico, passando por perua, sedan e compacto equipado, agora com picape.
Com a chegada em breve da picape Agile, teremos uma renovação no segmento. Parece que a invenção brasileira não pára de se reinventar.

Novo Velho Fiesta

Parece que esta será a remodelação, na verdade apenas um face-lift, do Fiesta ainda para o primeiro semestre deste ano. Um tapa no visual até a nova versão, essa sim, realmente nova, venha ano que vem, 2011.
O Fiesta atual ganhará uma nova frente mais afilada, na foto parece meio estranha, mas muitos carros são feios nas fotos e menos estranhos na visão real. A traseira fica idêntica, assim como o interior, apenas com alguns detalhes diferente. Enfim, nada muito drástico, apenas uma "remoçada" para dar fôlego ao produto.
O futuro novo Fiesta, esse sim, um modelo totalmente novo, virá com preço maior, tamanho maior e alto conteúdo tecnológico. Ainda não li com decisão se essa versão virá no México, onde com certeza será fabricado, ou se será feito também no Brasil. Aliás, até o nome fica na incerteza, já que ambos, o velho Fiesta e o novo, irão conviver por um bom tempo, já que o preço dos dois será bem diferente. A Ford tem uma versão do atual Fiesta que conhecemos na Índia com o nome Figo. É pouco provável que ela mude o nome de um carro já consagrado. Provavelmente manterá os dois nomes, um Fiesta como hoje conhecemos e um novo Fiesta, que com certeza, será um dos melhores da categoria. O lançamento deste Fiesta novo mais caro e a manutenção do modelo atual, mata a possibilidade de um Ka 4 portas, afinal não haveria sentido em manter dois produtos na mesma faixa de preço. A Ford vai atacar de 3 modelos de compactos: um Ka 2 portas de entrada, um Fiesta remodelado com 4 portas e um futuro novo Fiesta no mercado dos compactos premium, para fazer frente a turma de Sandero, C3, Agile, Polo, Fox e Punto, mercado no qual hoje a Ford está ausente. Fica faltando uma picape compacta, já que Courier é apenas um carro de trabalho. Mas até agora não vi nem notícia de algo em gestação pela Ford.

Mais um compacto em 2011

mais um compacto está vindo aí: o Nissan Micra, que tem o nome March em alguns mercados.
Mas contrariamente ao padrão, será um compacto importado. Geralmente, compactos são fabricados no Brasil, enquanto médios vêem de fora, Argentina principalmente. Mas ele virá do México, com imposto de importação zerado por acordos comerciais, embora o México não seja parte do Mercosul.
A Nissan pertence a Renault, portanto a distribuição será nacional e muito provavelmente, embora isso não esteja confirmado, o carrinho usará a mesma mecânica do Clio, com motor 1.0 16v flex.
Em outro post falei sobre a quê veio a Renault. Apesar de ter alguns bons produtos, principalmente o Sandero ( sejamos francos, praticamente SÓ o Sandero), ela ainda é apenas uma promessa, isso passados 10 anos de sua instaçãoa. Marcas da mesma época já são plenamente firmadas, ainda que vendam menos ou tenham carros mais caros, como Toyota e Honda ou as outras francesas, como Peugeot e Citroen. A Renault conta com carros mais baratos que essas marcas, Clio, Logan, Sandero, mas mesmo assim, ainda se mantém bastante discreta e com vendas pífias. Falta uma energizada na marca, em produtos mais apelativos ao brasileiro, coisa que só mesmo o belo Sandero conseguiu. Quem sabe o Micra, mesmo sendo Nissan, pode ajudar a Renault a conseguir mais força. Isso é bom pra gente que gosta e quer comprar carros diferentes: concorrência é sempre bom.

Vai de novo ou velho Celta?

Eis aí o NOVO CELTA ?
Uma coisa é certa: este é o Spark, projeto mundial da GM da Coreia e ele será fabricado no Brasil, como o projeto Ônix, na fábrica da GM do RS, onde aliás o próprio Celta e seu irmão Prisma são fabricados. Isso é oficial e não há volta atrás: a questão porém é mais complicada: o projeto Ônix tira ou não o Celta/Prisma de linha ?
Várias fontes que consultei na internet dizem que o Celta sai de linha com a chegada do Spark ( ainda sem nome definido, pode até ser chamado de novo celta no futuro). Porém, outras fontes, como a respeitável 4Rodas dizem que não, o Celta atual fica e o Spark ficaria num patamar acima, entre Celta e o atual Agile. Uma coisa parece bem certa, o atual Corsa hatch está mesmo com os dias contados. O sucesso enorme do Agile e o lançamento de versões mais baratas do carro vai matando o espaço de mercado do Corsa, que só sobrevive por ser um bom custo benefício, motor 1.4 a preço de 1.0 num projeto ainda moderno. Porém, ele não aguenta mais dois anos no mercado. Exatamente a mesma época da chegada do Spark. E aí é que entra a posição que ele ocupará no mercado: acima do Celta e custando pouco abaixo do Agile, exatamente na faixa hoje do Corsa hatch ou tira de vez o Celta ( podendo apenas manter o nome) e ocupa todo o espaço dos atuais Celta/Corsa, talvez com um possível preço mais baixo no futuro do Agile? As duas opções são possíveis porque o Agile divide a maioria dos componentes mecânicos com o Celta ( curiosamente, o Corsa hatch é mais moderno como engenharia que o Agile, derivado do antigo Corsa dos anos 90). Sendo assim, manter o Celta seria na verdade dividir componentes e baixar preço do próprio Agile.
Tudo vai depender da concorrência: a Fiat lança ainda este semestre seu novo compacto, um Novo Uno ( poderá manter esse nome aliás) e seu preço vai determinar os próximos passos da concorrência. Se for barato e moderno, a GM vai ter mesmo que matar o Celta e lançar o Spark. Mas se for mais caro, haverá espaço para um Celta no futuro, como está: barato e básico. Há ainda o anti-celta, o Ka, carro com apenas duas portas. Há muitas cartas na manga da GM, mas eu apostaria na seguinte equação:
compacto hatch principal: Agile e família
compacto hatch : Spark e sedã, matando o atual Prisma e o Celta 4 portas
sub-compacto: Celta atual, numa versão básica, talvez apenas com 2 portas, voltado basicamente ao mercado de frotistas e de entrada.

Mexer na linha de produtos é pior que projetar um novo carro: como tirar de linha um Celta que vende 150 mil unidades por ano ? E o risco de perder mercado a um concorrente? O nome Celta vai ficar com certeza, é conhecido demais para desaparecer, mas se vai ter a atual carroceria ou a moderna e bela acima, ainda e um mistério.